Violência contra mulher: o perigo pode estar mais próximo do que imaginamos

Campanha do STIMEPA de Combate à Violência contra a Mulher busca conscientizar metalúrgicas e metalúrgicos sobre a dimensão do problema, chamando para o engajamento de todos para mudar a atual realidade

No sentido de combatermos a violência contra a mulher, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o coletivo de mulheres do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (STIMEPA) realiza evento alusivo à data e lança a Campanha de Combate à Violência contra a Mulher. A atividade será realizada na sede do Sindicato, em Porto Alegre, na Av. do Forte 77, a partir das 15h, e contará com roda de conversa “Violência não”, sobre os ciclos da violência, questões legais e formas de acolhimento. O evento também contará com recreação infantil para as mães que trouxerem seus filhos.

Como parte da Campanha STIMEPA de Combate à Violência contra a Mulher, está a publicação de uma série de matérias que tratam sobre o tema no site e redes sociais do Sindicato. A ideia é informar e sensibilizar metalúrgicas e metalúrgicos, e sociedade em geral, sobre a gravidade do problema e sobre a necessidade do engajamento de todos em uma ação coletiva para transformar a dura realidade que está dada na nossa sociedade.

A violência contra a mulher é uma realidade assustadora e pode estar mais próxima do que imaginamos. Segundo a pesquisa “Medo, ameaça e risco” do Instituto Patrícia Galvão, seis em cada 10 brasileiras conhecem ao menos uma mulher que já foi ameaçada de morte pelo atual ou ex-parceiro. Isso significa que a violência de gênero é um problema coletivo, que afeta a sociedade como um todo.

No Brasil, duas em cada 10 mulheres já foram ameaçadas de morte por um parceiro ou ex, o que equivale a cerca de 17 milhões de brasileiras vivendo ou tendo vivido sob risco de feminicídio. Diante desse cenário, é fundamental que estejamos atentos e denunciemos qualquer situação de violência, pois a omissão também mata.

Medida protetiva salva vidas, mas precisamos estar atentos

Para nove em cada 10 mulheres entrevistadas pelo Instituto Patrícia Galvão, todo feminicídio poderia ser evitado se a mulher recebesse proteção do Estado e da sociedade. No entanto, muitas das que denunciam continuam vulneráveis porque os agressores desrespeitam as medidas protetivas e o poder público nem sempre garante a segurança necessária. Entre as mulheres que já foram ameaçadas de morte, apenas 37% denunciaram à polícia e poucas conseguiram efetivamente romper o ciclo da violência.

Por isso, é essencial que familiares, amigos, colegas de trabalho e vizinhos se mobilizem para apoiar essas mulheres, incentivando-as a buscar ajuda e cobrando das autoridades providências rápidas e eficazes. A medida protetiva salva vidas quando acompanhada de fiscalização e suporte à vítima.

Nesse sentido, é importante saber seus direitos e onde buscar ajuda. É preciso também cobrar ações do Estado para fazer cumprir a legislação já existente.

Por Luciene Leszczynski / Comunicação STIMEPA

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